O que é a Rede SEPA?
A Rede Social para a Educação Pública nas Américas (Rede SEPA) é uma instância flexível que engloba organizações sindicais e sociais do Continente Americano, que compartilham a preocupação de proteger e melhorar a educação pública, como instituição imprescindível para o desenvolvimento democrático e a proteção dos direitos humanos. A Rede trabalha junto com outro grupos da sociedade civil que se preocupam com o impacto do processo da ALCA.
Como dissemos a Rede Social para a Educação Pública nas Américas, a Rede SEPA, surgiu em novembro de 1998, embora se formalizou e ampliou sua coordenação, em setembro-outubro de 1999, em Quito, Equador, durante a Conferência Continental Iniciativa Democrática para a Educação nas Américas.
A Rede SEPA tem duas sub-redes, umas de Pesquisa e uma de Educadores Indígenas. Podemos dizer que em suas atividades tem participado mais de 100 organizações sindicais e sociais de todo o continente.
O que faz a Rede SEPA?
A Rede SEPA realiza pesquisas, elabora redes de comunicação e publicações, organiza conferências e consultas. Desenvolve campanhas continentais de Defesa da Educação Pública e particularmente pela exclusão da educação dos acordos comerciais.
O objetivo destas atividades é semear as bases para um entendimento sobre o impacto que têm as políticas neoliberais na área de educação nas Américas e propor vias alternativas que desenvolvam uma educação pública, de qualidade, inclusiva e democrática.
A Rede também serve para promover solidariedade com educadores, estudantes e outros/as que sofrem repressão em seus países, pelas atividades que realizam em apoio de uma educação pública e democrática.
A rede SEPA possui duas sub-redes, a Rede de Pesquisa Educacional (RIE) e a Rede Continental de Educadores Indígenas (REI).
Através da Rede de Pesquisa Educacional, a Rede SEPA busca coordenar o trabalho e compartilhar recursos, a fim de disponibilizar sua pesquisa sobre questões relacionadas à educação pública a todas as organizações da Rede SEPA. Atualmente, a Rede SEPA possui uma ampla variedade de documentos sobre vários tópicos relacionados à globalização e os impactos das políticas neoliberais na educação; e as alternativas e estratégias que estão sendo desenvolvidas para defender a educação pública.
A Rede de Educadores Indígenas permite que os educadores dos povos indígenas se comuniquem com seus colegas de outros países das Américas e compartilhem estratégias e idéias relacionadas à cultura e à defesa da autonomia dentro de um sistema educacional financiado com recursos públicos.
Por que o trabalho da rede SEPA é importante?
A defesa da educação pública é internacional
A luta para defender a educação como um direito social é uma luta histórica, não se esgota com a obtenção satisfatória de uma demanda específica; além disso ultrapassa as fronteiras nacionais e requer amplas alianças sociais que passam o marco associativo dos sindicatos educativos ou das organizações de pais de família, ou estudantis.
O meio de um acelerado processo de privatização da educação pública a raiz da instrumentalização das políticas neoliberais que tem acompanhado a globalização que se impôs a nível mundial desde os anos 90, essa luta por defender uma educação pública, gratuita e de qualidade para nossos povos adquiriram maior relevância e se converteram em um desafio para todos aqueles que estão convencidos que a educação pública é substancial no desenvolvimento de nossos países e vital para a construção de atividades democráticas.
Ao largo de mais uma década, temos visto como os processos privatizadores da educação avançam rapidamente, em cada um de nossos países, deteriorando a qualidade da educação que se distribui nas escolas públicas, restringindo o acesso da população de menores recursos econômicos, segmentando os sistemas educativos, fazendo um uso ilegítimo dos recursos públicos para subsidiar educação privada, eliminando direitos trabalhistas e sindicais dos trabalhadores da educação. Assim nos anos noventa as corporações e seus governos produziram as políticas neoliberais, já não só se tratou de programas de ajuste, mas sim o impulso da segunda geração de medidas neoliberais que significa a privatização de todo o público e particularmente privar a maioria dos povos de seus direitos sociais como a de saúde, educação, moradia.
Neste contexto e com essas idéias básicas que em 1998, sindicatos educativos do Canadá, México, Argentina, Perú, Equador, o Caribe e Centro-América, decidimos iniciar um processo de construção de uma rede Social para a educação Pública nas Américas (Rede SEPA).